Base para pele negra: 3 dicas para acertar na compra
Conversei com duas maquiadoras que me ensinaram truques certeiros - e para lá de valiosos. Vem ver!
Esta semana passei vários dias em produção de fotos para ensaios de beleza da próxima edição de CLAUDIA. São momentos valiosos, em que passo a tarde toda com maquiadores incríveis e o que eu mais gosto de fazer é aproveitar essas horas para aprender com eles.
Ontem encontrei a maquiadora Vanessa Rozan, do Liceu de Maquiagem (que além de supertalentosa é uma querida) e hoje a Andréa Jordão, do Studio W Iguatemi, em São Paulo. Por coincidência, ambas as conversas acabaram na dificuldade de escolher o tom certo de base. Isso porque muitas vezes nosso rosto pode ter mais de um tom. Fora isso, é preciso considerar o fundo da pele (rosado, amarelado, acinzentado..) e muita gente tem dificuldade de enxergar isso. Outra dificuldade é que nem todas as marcas possuem tonalidades perfeitas para todo mundo (aqui no Brasil, principalmente, são muitas!). Nesse sentido, até que estamos avançando (atualmente temos linhas bem completas de bases e corretivos). Mas estamos longe de atingir a perfeição.
Enquanto isso, as dicas mais precisas que elas me deram especificamente para pele negra são:
1.Tenha sempre mais de um tom de base em mãos
O ideal, explicou Rozan, são três. Uma para o centro do rosto, que costuma ser mais claro, outra para o contorno, normalmente mais escuro e uma terceira para corrigir pontos específicos ou, ainda, para igualar colo e rosto. Alguns maquiadores misturam os tons no dorso da mão (um mais quente ou um mais frio), mas no caso da pele negra, que costuma ter essa característica do centro mais iluminado e o contorno mais marcado, o ideal mesmo é aplicar “cada uma no seu quadrado”. “Essa é uma característica linda da pele negra. Se você usar uma mesma base no rosto todo vai acabar escondendo esse centro mais iluminado com as laterais mais marcadas, que dá um efeito de contorno natural perfeito”, explicou Andréa Jordão. Tem toda razão!
2. Teste sempre – mais de uma vez, se possível
Dois fatores superimportantes na hora da compra: o primeiro é experimentar o tom escolhido no rosto e não na mão ou pulso, como muita gente costuma fazer. Isso porque tomamos muito mais sol nas mãos do que no rosto, o que pode dar uma baita diferença na cor da pele. O segundo é esperar um tempo para ver como a base se adapta à sua face. Tanto pela questão da tonalidade (muitas bases perdem ou alteram o pigmento ao longo do dia, em contato com a pele) quanto para ver se não vai deixar seu rosto oleoso (ou seco) demais, se dura, se o cheiro agrada, etc… O ideal é deixar um dia todo. Você pode provar de manhã e deixar para comprar à noite. Ou anotar direitinho e comprar online depois 😉
3. Efeito natural
Para saber se o tom (ou os tons) escolhido é perfeito para você ele precisa “sumir” na sua pele, de maneira que não dê para saber exatamente onde tem produto e onde não tem (e isso inclui esperar o tempo citado acima para concluir). “Não esqueça de igualar, sempre, pescoço e colo com o rosto. Isso ajuda a evitar o efeito mascarado de algumas bases”, ensina Rozan. A cobertura é, ainda, um detalhe extremamente importante para conseguir o resultado desejado: as líquidas e cremosas dão efeito mais natural, enquanto as em formato bastão, pó ou acabamento mate ficam mais evidentes (embora ajudem a segurar a oleosidade da pele).
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