Saiba tudo sobre as mechas criativas do expert Romeu Felipe
Responsável por um novo estilo de clarear e iluminar o cabelo, o especialista em coloração nos contou um pouco sobre seu método de sucesso
Desde que abriu seu próprio espaço, o Romeu Felipe Creative Salon, em São Paulo – isso cerca de dois anos atrás –, o cabeleireiro e especialista em coloração Romeu Felipe só vê sua fama crescer. Com um currículo que inclui três anos como técnico em coloração no Studio Wella Professionals e mais 13 atendendo em salões, ele desenvolveu um novo estilo de clarear e iluminar o cabelo – batizado de ‘Mechas Criativas’ – que está fazendo o maior sucesso. Confira suas dicas para um look poderoso.
Divulgação
CLAUDIA: O que são exatamente as mechas criativas?
Romeu Felipe: Uma maneira de clarear o cabelo de forma bem customizada. Ao escolher a largura e a proporção das mechas em relação ao todo, levo em conta todas as variáveis envolvidas: o tom original do cabelo, o corte, o volume dos fios, o estilo da mulher… Trabalho unindo duas técnicas, as mechas com papel e as feitas à mão livre (ou free hands), com o auxílio do pincel, em um trabalho que é quase uma pintura: vou definindo o brilho e o movimento aos poucos, até chegar ao resultado desejado. Brinco que meu salão não é uma linha de montagem de loiras – é um estúdio que encontra o colorido ideal para cada tipo de cliente.
Veja também: Loiros, castanhos e ruivos: Descubra quais são as cores de cabelo do momento.
Por que você utiliza duas técnicas ao fazer as mechas?
As mechas no papel, mais clássicas (aquelas em que o cabeleireiro aplica o descolorante em uma mecha e a encaixa dentro uma folha de papel especial para aguardar o tempo de pausa), são ótimas para criar luminosidade no contorno do rosto. Já as mechas feitas à mão, na qual distribuo o descolorante de uma forma mais esfumada – concentrada nas pontas, mais leve junto às raízes –, trazem um resultado supernatural. Ao juntar as duas, o efeito é de luz intensa em alguns pontos e mais suave em outros. É um cabelo que não parece tão “feito”, e mesmo assim se destaca.
É só descolorante que você usa no processo de clareamento?
Não. Prefiro, após a descoloração, ajustar o tom aplicando uma coloração. Uso a Illumina Color, da Wella, que traz muito brilho e transparência para o visual, mas, em vez de utilizar um oxidante potente, prefiro misturá-la com a emulsão do tonalizante Color Touch. Dá um resultado excepcional sobre os fios descoloridos!
Veja também: Loiro dos sonhos: como combinar o tom do cabelo com a pele.
O que você vê como tendência em cabelos mais claros e iluminados?
Cada vez mais, o que se busca é a naturalidade – como já falei antes, cabelos com uma luminosidade fresh, menos marcada e mais desconstruída. Os tons sóbrios estão vindo com força também. Em vez de loiros muito quentes e com mechas contrastantes, tons abafados e mais frios, os loiros que chamamos de nudes, têm a força no momento.
Para terminar: quando as mulheres mais pisam na bola quando decidem clarear o cabelo?
Quando têm algum tipo de alisamento intenso – escova progressiva, por exemplo – e teimam em deixar o cabelo platinado logo na sequência. Não pode, é muito agressivo para os fios! O certo: dar uma pausa de quatro a seis meses no alisamento, fazer a cor, que não deve ter raízes muito marcadas nem ser superclara, tratar bastante o cabelo – o que leva pelo menos uns 30 dias – e só então enfrentar o alisamento outra vez. Essa é a rotina de químicas que traz menos problemas para quem quer mesmo alisar e ser loira.
E que tipo de tratamento capilar você indica nesse caso?
Nos primeiros quinze dias, usar produtos com ação reconstrutora potente, como é o caso na linha Penetrait, da Sebastian. Depois disso, alterná-los com xampus, condicionadores e máscaras que tenham duas funções: reconstruir e trazer emoliência e hidratação. Inner Restore, da Senscience, e Luxe Oil, da Wella, são linhas ótimas nesse sentido.
Escrito por Maria Cecília Prado, diretora do site Beauty Editor, especial para CLAUDIA.