Quem já viajou de avião, seja para fora ou dentro do país, já deve ter reparado que as comissárias de bordo mulheres – as aeromoças – estão sempre impecáveis, usando penteados elaborados, maquiagens completas e um traje geralmente composto por uma combinação entre terninho e saia lápis. Mas a verdade é que essa convenção social, de que comissárias devem estar 100% ‘montadas’ durante o expediente, nada mais é do que uma exigência das próprias companhias aéreas que, obviamente, não exigem a mesma “perfeição” de seus funcionários homens.
Felizmente, um movimento (necessário) para que as comissárias passem a decidir se querem ou não trabalhar maquiadas (ou vestindo saias) começou a surgir, graças à companhia britânica Virgin Atlantic.
A partir de agora, as funcionárias da Virgin – conhecidas pelo tradicional uniforme que envolve saia, salto e batom, tudo em vermelho – poderão renunciar às saias e à maquiagem, se assim quiserem.
Em entrevista à CNN, na última terça (04), Mark Anderson, vice-presidente executivo da empresa, afirmou que as mudanças serão capazes de oferecer um maior nível de conforto às aeromoças, além de proporcionar à equipe como um todo mais possibilidades de escolhas sobre como desejam se expressar no ambiente de trabalho. Mark falou, ainda, que comissários e comissárias, poderão continuar trabalhando maquiados, caso optem por isso, desde que a paleta de cores definida pela Virgin seja respeitada.
Já as calças, que até o momento só estavam disponíveis para mulheres mediante uma solicitação especial, também serão fornecidas a todas as comissárias, como mais uma opção de uniforme padrão.
Conforme reportou o Buzzfeed News americano, não é incomum que companhias aéreas do mundo todo mantenham códigos de vestimenta extremamente rígidos. Na United Airlines, só para citar um exemplo, é sabido que as saias das aeromoças não podem ter uma polegada abaixo ou acima do vinco encontrado na parte traseira dos joelhos.