The Town: os destaques (positivos e negativos) do 1º dia
Muita chuva, um pouco de caos e apresentações aguardadas marcaram o início do evento. Saiba tudo
O The Town Festival começou oficialmente neste sábado (02), com um primeiro dia de atrações bastante aguardadas pelo público. Debaixo de chuva, que caiu insistente no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, durante toda a noite, os fãs de artistas como Demi Lovato e Post Malone precisaram encontrar no amor pela música a vontade de resistir ao frio.
Quem chegou na cidade da música não demorou a se surpreender com a beleza da cenografia, que reconstruiu monumentos importantes da capital paulista com uma grande riqueza de detalhes – como a Catedral da Sé e o Mercado Municipal. Para quem já visitou o espaço em outros festivais, o tamanho da estrutura não assustou. Se você nunca foi, e pretende ir, prepare as pernas: para andar de uma ponta a outra, é necessário andar, e muito.
Durante o dia, a organização imperou e a experiência foi tranquila – cenário que mudou com a chuva forte no cair da noite. Isso porque quase não existem locais cobertos, com exceção à praça de alimentação, que logo atingiu sua capacidade máxima de 2 mil pessoas. Foi aí que se instalou a confusão: do lado de fora, pessoas tentavam abrir as portas do local em busca de proteção, e os seguranças precisaram intervir. Entrar ou sair também não foi fácil. Era muita água e, claro, lama, que tornavam a subida/descida para os portões uma experiência escorregadia e desconfortável. As filas para bares também ficaram um pouco caóticas, algo que os diversos vendedores de chopp espalhados pelo evento conseguiram minimizar.
Também não é difícil encontrar relatos de quem sofreu para chegar ao evento. A organização priorizou o uso da CPTM, vendendo expressos à preços bem mais salgados do que os valores originais dos trens. Isso, no entanto, não garantiu uma experiência tranquila: foram relatadas lentidões, longas filas e até pessoas vendendo seu lugar aos que estavam desesperados para não perder a hora do show de suas bandas favoritas. A dica? Saia cedo de casa para os próximos dias, e leve sua paciência – ela será necessária.
As apresentações internacionais do 1º dia de The Town
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Iggy Azalea foi a primeira das principais atrações internacionais a se apresentar. A chuva estava fortíssima, mas os fãs decidiram permanecer no local – para a sua própria frustração. Iggy surgiu belissima em um look com ares de bandeira do Brasil, mas apostou somente no playback. Tentou animar o público com alguns palavrões e elogios às “bundas” brasileiras, mas acabou não colando. A apresentação foi rápida, muito mais do que o esperado, e o visual do show foi simples demais para um palco central.
Já Demi Lovato fez bonito, e realmente entregou uma ótima apresentação para aqueles que conseguiram resistir ao temporal. Seu line-up, no entanto, foi quase que idêntico ao do último Rock in Rio, o que pode ter sido um pouco decepcionante para quem esteve no evento. Mas, mesmo assim, emplacou: ela combinou pop e rock, fez os fãs cantarem junto e ainda recebeu Luísa Sonza para Penhasco2, algo que era aguardado pelos fãs desde que a faixa foi liberada.
Para fechar a noite, Post Malone subiu ao palco com versões mais roqueiras de seus hits antigos, o que deu um ar de novidade. Houve mais peso e energia – o que foi essencial para animar um público que já estava molhado há pelo menos 3 horas. Repetindo sua apresentação no Rock in Rio do ano passado, o artista chamou um fã para tocar violão durante Stay.
A força da música brasileira
Se as atrações internacionais dividiram opiniões (alguns amaram, outros odiaram), a música brasileira fez diferente. Durante a tarde, Urias entregou um show potente, como costuma fazer: batida forte, presença de palco e coreografias que não decepcionaram. Fez pensar que merecia lugar em palcos maiores, ou horário mais nobre.
Entre as apresentações mais aguardadas do dia, a união realmente fez a força. Uma das apresentações mais aguardadas, a de Racionais MC’s junto da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, foi de fato emocionante – fez vibrar tanto fãs, quanto quem não é particularmente apaixonado pelo estilo.
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Outro destaque foi Criolo, que chamou ao palco o Planet Hemp para um show descontraído e que fez a galera pular. A chuva caía pesadíssima nesta hora, mas não importou: o palco estava lotado, as rodas se formaram e todos dançaram sem se importar com a água.
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Agora, é aguardar pelas próximas atrações de destaque do festival, e esperar que a chuva não volte a ser companhia constante. Por aqui, você acompanha todos os destaques.