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Sexo Online – Mensagens de prazer

Afinal, qual é a graça do sexo virtual? Fizemos essa pergunta a seis mulheres que já trocaram textos, enviaram fotos ou se mostraram na webcam

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 1 fev 2023, 09h28 - Publicado em 6 dez 2012, 21h00
Nathália Braga (/)
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Sexo virtual também pode ser muito bom
Foto: Thinkstock

É tudo muito natural

“Já usei webcam, mas nada muito explícito. Prefiro escrever e ler. Uma vez, estava no MSN com um amigo, os dois meio carentes, falando de amores do passado, quando começamos a nos elogiar mutuamente. De repente, estávamos falando o que faríamos juntos em um quarto de motel. Ficamos loucos de vontade! Mas escolhemos deixar a história ficar só no virtual e hoje ainda somos grandes amigos. Para mim, sexo virtual nunca é uma coisa planejada. De repente, o clima esquenta nas palavras e a coisa começa meio sem perceber. É divertido de um jeito excitante e com sacanagem! Tenho um contato mais íntimo comigo mesma e, claro, me sinto desejada.”
L*, 26 anos, arquiteta

Asas à imaginação
Criar cenas eróticas mentalmente é muito excitante para a maioria das mulheres – mais até do que ver imagens sensuais. “O texto mexe com a emoção, a fantasia e a sensação do proibido. Quanto mais detalhes tiver, mais prazer proporciona”, diz a terapeuta sexual Ana Canosa.

Gostinho de quero mais

“Meu namorado mora em outra cidade e sempre conversamos por Skype e por mensagens de celular. Um dia, ele pediu para eu mostrar os seios na câmera. Eu disse que não, porque estávamos juntos há poucos meses. Mas, depois de algumas semanas de insistência, mostrei. E ele pediu mais. Resolvi tirar a calcinha e só de ele me ver fazer isso foi bem interessante [risos]. O estímulo visual para o homem é muito maior. Sei que ele também recorre à masturbação para aguentar a distância, mas eu não consigo alcançar tanto prazer assim. O sexo virtual, pra mim, dá um tesãozinho sim, viu? Mas não me satisfaz como o sexo de verdade, com contato físico. Isso, nada substitui.”
A*, 22 anos, estudante

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Prazer alternativo
Para casais que estão distantes, transar virtualmente ajuda a manter o vínculo. O que não vale é fazer algo só para agradar o namorado, acreditando que isso impedirá uma traição. “É preciso saber o que gosta e se abrir para essa nova experiência”, diz a ginecologista Caroline de Souza.

Sexo? Só virtual!

“Quase não tenho experiência. Nunca fiz sexo vaginal e só tive uma experiência sexual anal – inclusive, descobri que gostava disso nas conversas virtuais. Um amigo de adolescência me ensinou várias posições por mensagens. Depois experimentei com um ficante. Trocar mensagenseróticas satisfaz minha curiosidade. Faço isso até quando estou no trabalho e na faculdade. Mas tenho um princípio: só vale com amigos. Sou fã do sexting [trocar fotos picantes via celular]. Se meu Whats-App falasse, estaria morta e sem reputação!”
M*, 25 anos, fotógrafa

Pegando o jeito
“Não vamos inverter os valores: sexo virtual é fantasia e não realidade”, alerta o psicólogo Dirceu Moreira. Se a prática online faz com que você imagine situações novas no sexo, ok. Se o sexo virtual é usado para substituir o sexo real, é um problema para refletir.

Remédio antitraição

“Sou casada e amo meu marido. Mas tenho uma atração enorme pelo meu ginecologista, que inclusive fez o parto do meu filho. Um dia, ele (que também é casado) me deu carona para casa e quase nos beijamos. Falei que na vida real nada jamais aconteceria, mas poderíamos conversar por telefone. Às vezes, ele me liga no meio da noite. Fico louca! Ele fala coisas que nunca imaginei ouvir ao telefone. Não deixaria meu marido por ele. Essa foi uma forma que achei de não traí-lo. Mas quase sempre me pergunto se estou fazendo a coisa certa.”
S*, 28 anos, advogada

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Sem apego
Nem sempre o sexo virtual está ligado a um sentimento forte. “É possível para as mulheres separar a emoção do prazer”, afirma a terapeuta sexual Ana Canosa. Às vezes, a fantasia com outros até ajuda a ser mais bem resolvida na cama no casamento. Mas, se incomodar, pare com as conversinhas.

Hora do show

“Sempre fui um mix de vaidosa com carente. Na internet, encontrei muitas demonstrações de desejo, o que me ajuda a suprir a carência. Adoro colocar uma lingerie bonita e ir para a webcam. Prefiro fazer isso com estranhos. Não teria coragem de olhar nos olhos de um amigo depois dedizer coisas absurdamente sensuais e de ele ter me visto nua! Entro em salas de bate-papo e procuro um perfil que me agrade. Vamos para o MSN e fico me mostrando na câmera. Ver como um estranho fica louco por mim em questão de segundos aumenta minha autoestima! Às vezes, o prazer é só por me mostrar mesmo. Sei que é arriscado, mas, quanto mais perigoso, mais excitante é.”
M*, 20 anos, farmacêutica

Caiu na rede, é peixe
Aqui está em jogo a segurança da sua intimidade. Para o cara dar um print screen no vídeo e sair disparando sua imagem por aí, é um pulo! “As pessoas subestimam a capacidade que a internet tem de mudar a nossa vida”, diz a terapeuta sexual Ana Canosa.

Ai, tô descontrolada!

“Já aconteceu de eu sentir mais prazer virtualmente do que pessoalmente. As conversas vão excitando, você vai se envolvendo e quando vê está sem roupa na frente da webcam [risos]. Uma vez estava no trabalho (eu era secretária de uma escola particular e tinha uma sala só para mim) e comecei a conversar com um conhecido pela internet. O papo foi esquentando e, quando já estava quase nua, me `toquei¿ de que estava no trabalho, me vesti e saí do bate-papo. Acho que sexo virtual depende muito da ocasião e do desejo que se tem de estar com a pessoa. Em outras vezes, só rolou troca de mensagens de texto e eu só me senti à vontade para levantar a blusa.”
T*, 23 anos, professora

Tem hora e lugar
“Sexo virtual pode ser proveitoso, mas é preciso observar limites”, diz o sexólogo Amaury Mendes Júnior. Fazê-lo em horas e locais inapropriados com frequência é sinal de que ele pode estar ocupando mais espaço do que deveria. No trabalho, dá demissão por justa causa!

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