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Mentiram para nós sobre o destino de nossa vida sexual após os 45 anos

A libido não precisa acabar na menopausa; felizmente, já sabemos como lidar com o desejo feminino nessa fase para que o sexo siga em frente

Por Sheila de Liz
13 ago 2025, 16h00
Sheila de Liz é especialista em menopausa
A ginecologista Sheila de Liz fala sobre a vida sexual após a menopausa (Mika Nanba/CLAUDIA)
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Gostaria de começar com uma advertência. O que você está prestes a descobrir é um dos grandes segredos da medicina da mulher: mentiram para nós sobre o destino de nossa vida sexual após os 45 anos. 

Deveríamos acreditar que nos tornamos invisíveis após a menopausa. Convenceram a nós, mulheres, que tudo acaba depois da última menstruação: adeus, atração, e bem-vindos, cabelos grisalhos e sapatos ortopédicos.

Eu mesma acreditei inconscientemente nisso como ginecologista. Mas, em primeiro lugar, nós não nos tornamos invisíveis. Em segundo, o sexo depois da menopausa não só é possível, como — quando dotado do suporte médico necessário — pode ser muito melhor do que antes.

O mito do fim da vida sexual após a menopausa

Mas estou me precipitando. Antes de tudo, voltemos ao início, ao ponto onde tudo começa, às primeiras leves mudanças que chamamos de perimenopausa. Muitas vezes, ela começa lá pelos 40, e pode durar até 10 anos. Nesse período, acontecem muitas oscilações hormonais que podem influenciar a libido. Já conhecemos alguns desses hormônios, o estrogênio e a progesterona.

Mas muitas vezes falta a última peça do quebra-cabeça: o astro oculto da sexualidade feminina, a testosterona. Como os outros dois, esse hormônio também é produzido nos ovários e é fundamentalmente responsável pela libido.

O hormônio que transforma o desejo de quem está na menopausa

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A sexualidade se transforma ao longo da vida, inclusive na menopausa (Getty Images/Reprodução)
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Um dos maiores mal-entendidos da medicina é a ideia de que as mulheres não “precisam” de testosterona. Que disparate! Inclusive temos mais testosterona que estrogênio na corrente sanguínea, e ela pode ser devidamente reposta quando está em falta. Não se surpreenda se o contrário chegar aos seus ouvidos, pois nem todos os médicos dominam esse conhecimento.

A queda na produção de testosterona não apenas afeta nossa libido, como também compromete nossa mente e nossos níveis de energia. Há uma perda muscular e óssea mais acentuada. Muitas mulheres ficam exaustas, irritadiças e deprimidas quando produzem pouca testosterona.

Como tratar a perda de libido e o ressecamento vaginal

Mas não é só a falta desse hormônio que ameaça a vida sexual. A deficiência de estrogênio também pode gerar problemas. A vagina fica dolorida e arde de tal forma que impossibilita as relações sexuais. A bexiga pode ser muito afetada, acarretando constantes infecções do trato urinário. Mas aqui vem a boa notícia: esse processo é quase sempre reversível.

Existem hormônios bioidênticos que podem ser usados por quase todas as mulheres, porque a terapia moderna de reposição hormonal é muito mais segura do que a de antigamente. O tratamento hormonal vaginal, por exemplo, pode ser utilizado por qualquer mulher até a idade avançada.

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A sexualidade se transforma ao longo da vida, inclusive na menopausa

Guardei a cereja do bolo para o fim: a sexualidade não para de se desenvolver, como um pequeno Bonsai, quando é cuidada e nutrida. Muitas mulheres experimentam maior ousadia sexual e espírito aventureiro na cama com o passar dos anos. Isso é magnífico!

Entre os 45 e 55 anos, é comum acontecer um renascimento da sexualidade, justamente por causa dos hormônios, já que os níveis decrescentes de estrogênio fazem com que elas não liguem tanto para a opinião alheia.

A testosterona, quando mantida em níveis adequados, funciona como querosene para a prática sexual. Talvez a prisão dos conceitos ultrapassados não agrade mais. Muitas mulheres se redescobrem e têm uma evolução muito interessante.

Elas olham para sua vida sexual aos 30 anos não com nostalgia, mas com alívio por terem deixado essa fase para trás. Há quem diga que se sente plena como mulher e adulta de verdade pela primeira vez.

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Não existe uma idade limite para o sexo! Com boa saúde, pode-se e deve-se fazer sexo até a idade avançada. É por isso que o sexo é um biomarcador de saúde em pesquisas sobre longevidade. Ou seja, você não precisa parar de ter relações sexuais só por estar mais velha, porque sua vida sexual não envelhece.

Às vezes ela só está adormecida, esperando ser despertada novamente. A menopausa não é o outono da vida, ela está mais para o alto verão. Então vista seu biquíni e prepare-se para o que virá.

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